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Guaratubanos selecionados para intercâmbio falam sobre suas experiências

Quatro jovens da rede estadual foram selecionados no programa Ganhando o Mundo, do Governo do Estado, e estão estudando na Austrália e Canadá

Publicado em 21/04/2024 às 13:04
Atualizado em

(Foto: Lucas Fermin/Seed-PR)

Quatro alunos da rede estadual de ensino em Guaratuba estão vivenciando experiências enriquecedoras no programa "Ganhando o Mundo" do Governo do Paraná. Os jovens foram selecionados para participar deste intercâmbio internacional que está transformando suas vidas.

Austrália

Dos quatro alunos selecionados em Guaratuba, Sandriellen Amorim Pereira, de 17 anos, estudante do Gratulino de Freitas, é a única que está na Austrália. Para ela, a jornada tem sido incrível até o momento. Ela destaca que, apesar das diferenças culturais, a adaptação no país foi fácil. "Está sendo ótima, a cultura é parecida com a de outros países", declara, ressaltando também que o clima é similar ao do Brasil, mas com dias ocasionalmente mais secos, algo que é amenizado pelo umidificador em seu quarto.

Outro ponto que ajudou na sua adaptação foi sua host family (famílias que recebem alunos de intercâmbio em suas casas), que entendia o português e a recebeu muito bem. Ela mencionou também o desafio inicial de se ambientar à escola, já que o local era muito grande e às vezes se perdia, mas que com o tempo foi se acostumando.


Sandriellen em uma das belas paisagens da Austrália. Foto: Arquivo pessoal.

Ela se inscreveu no programa após sua professora de robótica falar frequentemente sobre ele para a turma, e acabou sendo selecionada, uma surpresa que ela atribui a Deus e ao Governo do Estado. "Recomendo para todos essa experiência", enfatizou.

Canadá

No Canadá, três guaratubanos estão tendo a experiência de vivenciar tudo que o país oferece, inclusive o frio e a neve. Victor Gabriel de Souza Proença, Gabriela Ferreira Franco e José Luiz Strassburger Lobo, ambos com 16 anos, com Victor prestes a completar 17, estão em cidades diferentes no país, mas todos na província de Alberta. Os dois primeiros são estudantes do Joaquim Mafra e José Luiz do Zilda Arns.

"Esta experiência está sendo muito boa, conhecendo coisas novas e a cultura deles. O clima é bem variado aqui no Canadá, uma semana está bem frio e outra já está muito quente, porém a adaptação foi fácil, todos os lugares são aquecidos e confortáveis", compartilha Victor.

"Eu estou gostando bastante do sistema de educação daqui, a gente se aprofunda bem nos assuntos, e frequentemente tem algum trabalho ou quiz, só queria que tivesse mais aulas, quatro aulas é muito pouco", acrescenta o jovem de maneira descontraída. "Está sendo uma experiência realmente muito boa, me divirto bastante com os meus amigos, eu saio bastante com eles. Semana que vem eu vou acampar, se parar de nevar em Banff. Eu estou animado, eu nunca acampei dessa forma, então vai ser uma experiência muito legal", finaliza o jovem que está em Fort Macleod.


Victor nas montanhas no Canadá. Foto: Arquivo pessoal.

Também estudante do Joaquim, Gabriela destaca a oportunidade de mergulhar em uma cultura completamente diferente, o que tem sido extremamente gratificante. "Conhecer coisas novas, lugares novos, como patinar no gelo, fazer bonecos de neve e fogueiras, além de experimentar comidas típicas, como o S'more, tem sido maravilhoso", compartilha.

Uma das partes mais desafiadoras para a jovem foi se adaptar ao clima do Canadá, especialmente porque o país está em um extremo oposto ao clima brasileiro. "Quando cheguei, foi difícil me acostumar com o frio intenso. Enquanto eu estava com vários casacos a 5 graus positivos, os canadenses estavam confortáveis com apenas um moletom", relata ela. No entanto, a jovem também expressa admiração pela neve, descrevendo-a como linda e congelante ao mesmo tempo. Além das diferenças climáticas, ela enfrentou desafios iniciais relacionados ao idioma, ao fuso horário de 4 horas e à alimentação. No entanto, com o tempo, ela se adaptou e encontrou apoio com a família que está morando, que a acolheu calorosamente. "Minha host family é incrível, e conviver com eles tem sido uma experiência única", afirma a jovem que está morando em Medicine Hat..

A experiência escolar de Gabriela no Canadá também tem sido marcante. Ela destaca a diversidade de disciplinas oferecidas, como culinária, estética, carpintaria, teatro, moda, idiomas e diversos esportes.


Gabriela fazendo um boneco de neve. Foto: Arquivo pessoal. 

Já para José Luiz Strassburger Lobo, sobre sua estadia no país norte-americano, ele expressou sua admiração pela experiência, descrevendo-a como "indescritível" e "totalmente inesquecível". "No início eu estranhei um pouco, mas rapidamente me acostumei com a cultura, o clima totalmente fora do padrão, um dia está 19° e outro -16°", compartilhou.

Sobre o processo de adaptação, José Luiz destacou que, embora não seja fácil, também não é impossível. "É algo que você vai trabalhando e 'sendo obrigado' a fazer, mas é algo que depois você gosta muito".

O jovem guaratubano também elogiou diversos aspectos da vida no Canadá, incluindo as pessoas, a cultura, a infraestrutura da cidade e o dia a dia, mesmo reconhecendo que, em muitos momentos, pode ser desafiador. Ele mencionou a quantidade de matérias e aulas, assim como o número de alunos em sala, aproximadamente 15, ressaltando a facilidade de interação com colegas, professores e funcionários.


José Luiz (ao centro) junto com sua host family e seu colega espanhol, que também mora com eles.

Inscrições para o Ganhando o Mundo 2025

As inscrições para a edição de 2025 do programa Ganhando o Mundo foram prorrogadas até 26 de abril. A iniciativa, promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Seed-PR), proporcionará a 1.200 alunos da 1ª série do Ensino Médio a oportunidade de participar de um intercâmbio em cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido), durante seis meses, com todas as despesas pagas.

Os alunos interessados podem se inscrever na Área do Aluno. Para se inscrever é necessário ter cursado do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em uma instituição estadual, além de ter idade entre 14 e 17 anos. Entre os outros critérios de seleção do programa estão o desempenho acadêmico do ano anterior (médias iguais ou superiores a 7,0 em cada uma das disciplinas da Matriz Curricular nas avaliações ao processo seletivo, constatadas no Sistema Estadual de Registro Escolar – SERE); frequência igual ou superior a 85% em cada uma das disciplinas; participação em atividades extracurriculares e pontuação obtida no Aluno Monitor. Mais informações estão no Edital.

O intercambista permanece por um período letivo (aproximadamente seis meses) em instituições de ensino estrangeiras, tendo a oportunidade de aprimorar o repertório cultural e acadêmico; vivenciar a realidade de outros países; desenvolver a autonomia; aperfeiçoar o idioma estrangeiro e consolidar-se numa rede de jovens líderes que atuarão nas escolas da rede pública estadual de ensino.

Os custos de alimentação, hospedagem, transporte, emissão de vistos e passaportes, passagens aéreas e terrestres, exames médicos, vacinas, seguro viagem e saúde, taxa de matrícula, mensalidade da escola no Exterior, material didático, uniforme, tradução juramentada da documentação escolar, reuniões de orientação, assim como o curso preparatório de língua estrangeira, são custeados pela Secretaria. Os alunos também recebem um auxílio de R$ 800 por mês.

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