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EDITORIAL

Aumento de salário do alto escalão da prefeitura é injusto com outras categorias

O custo de vida em Guaratuba está cada vez mais alto, incluindo o valor do IPTU. Achamos que não é o momento de reajuste nos salários do executivo

Publicado em 13/02/2022 às 13:31
Atualizado em

. (Foto: CMG)

Na terça-feira (8), a mesa diretora da Câmara de Vereadores apresentou um projeto de lei para aumentar os salários do prefeito, vice e dos secretários municipais. Em entrevista, ao JB Litoral, de Paranaguá, Roberto Justus (UNIÃO) afirmou que o aumento em seus vencimentos beneficiaria profissionais municipais que recebem mais do que o teto salarial, como os médicos.

Na justificativa do PL 765, os vereadores apontam uma correção inflacionária para o aumento de cerca de 25% no salário do prefeito e 15% do vice e secretários.

O problema, porém, é que somente o alto escalão do executivo deve receber o aumento, enquanto outras categorias importantes seguem com seus vencimentos antigos.

Apesar da fala de Justus de que os novos profissionais, como os médicos, devem ser contratados com salários reajustados no próximo concurso público, que ocorre ainda em 2022, outras categorias seguem sem a devida remuneração.

Na opinião do Portal da Cidade, tal aumento no ordenado do alto escalão do executivo só faria algum sentido caso todos os funcionários públicos concursados de Guaratuba também tivessem seus salários reajustados de acordo com a inflação. Afinal, o custo de vida na cidade tem ficado cada vez mais alto e o aumento no IPTU contribui muito para isso.

Os gastos públicos com os aumentos previstos também devem ser analisados, pois somente com o reajuste do prefeito, a cidade gastaria cerca de R$ 70 mil anuais a mais. O momento em que Guaratuba e o Brasil passam não é o melhor para isso.

O projeto deve ser votado, após passar pela CFO, nesta segunda-feira (14), na Câmara de Vereadores. Esperamos que o descontentamento da população sobre o assunto faça com que os camaristas rejeitem a proposta. O poder de decisão está todo nas mãos dos vereadores, apesar da própria mesa diretora ter proposto o projeto e o prefeito contar com 11 dos 13 vereadores em sua base.


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