O motorista que atropelou e matou a universitária Pamela Vaz, de 22 anos, na última sexta-feira (30/7) em Matinhos, deixou a prisão nesta terça-feira (3/8). O homem, que havia sido preso na segunda-feira (2) após uma denúncia anônima, pagou fiança no valor de um salário mínimo e deve responder processo em liberdade.
Anderson Blank Joska, de 32 anos, deixou o sistema prisional depois de depositar o valor de R$1.100. No requerimento do relaxamento de prisão, a defesa do suspeito sustenta que o acidente teria sido uma “fatalidade”.
O pedido de soltura, assinado pelo advogado João Carlos Pinheiro, argumenta que uma criança de apenas cinco anos estava dentro do veículo e o motorista teria feito a opção de preservar pela integridade dos familiares. A defesa, assim como Anderson no depoimento, insistem que a universitária teria cruzado a avenida repentinamente.
O alvará de soltura foi expedido pelo juiz Ricardo José Lopes. Anderson não poderá alterar seu endereço sem comunicar às autoridades e nem se ausentar por prazo superior a oito dias da comarca, sem autorização do juízo.
DEPOIMENTO
Na última segunda-feira (2), Anderson prestou depoimento sobre a ocorrência na Delegacia Cidadã, em Matinhos. Ele deu detalhes sobre como aconteceu o atropelamento e tentou justificar o motivo de ter deixado o local sem prestar atendimento à vítima.
Ao ser questionado como tudo aconteceu, Anderson contou que não se lembra da velocidade do veículo no momento do acidente, mas que não estaria em alta velocidade. Ainda, afirmou que sua esposa e a filha estavam no carro e que ficaram preocupadas com a batida.
“A minha filha começou a ficar desesperada no carro, a minha mulher também, daí eu fiquei com medo dos caras, tipo, na hora que bateu ali, fiquei com medo dos caras me matarem ali, me baterem, porque os caras fazem isso, né. Foi onde eu estava vindo reto que a mulher atravessou na minha frente, vieram dois carros assim e quando eu vi ela atravessou. […] ela atravessou do nada, tem nas filmagens”, disse Anderson em depoimento.
O motorista também disse que não fez uso de bebidas ou entorpecentes no dia do acidente. No entanto, a delegada Sâmia Coser ainda está tentando comprovar esta afirmação.
