A Globoplay lançou um vídeo de divulgação do catálogo para 2021. Entre outras produções, imagens da série "O Caso Evandro" se destacam.
O lançamento da série vem gerando muitas expectativas desde o sucesso do podcast em sotrytelling do Anti Cast, Projeto Humanos: O Caso Evandro.
Uma das produções que estava com lançamento previsto para 2021, assim como o Caso Evandro, Doutor Castor, já foi lançado pela plataforma de streaming da Globo.
A série é uma produção documental que traz as pessoas envolvidas no caso para dar seus relatos e contar suas memórias. A produção deve ter oito episódios.
Em entrevista ao UOL, o diretor da série, Aly Muritiba, afirma que a produção deve seguir o rigor jornalístico de Mizanzuk. E que, por mais que seja um crime que chame a atenção pelos ritos macabros, a série toca muito mais na complexidade do sistema judiciário brasileiro.
Podcast
O podcast Projeto Humanos: Caso Evandro fez um enorme sucesso contando a história do desparecimento do menino de 7 anos Evandro Ramos Caetano, em 1992, em Guaratuba.
A produção traz informações detalhadas em storytelling de processo, depoimentos e entrevistas. As reviravoltas de um dos casos mais complexos do Brasil fizeram do podcast um sucesso de downloads.
O caso
O caso, que também é conhecido como "As Bruxas de Guaratuba", aconteceu em 1992, quando o menino Evandro, de 7 anos, desapareceu no trajeto entre a casa e a escola. O crime é ainda uma das maiores feridas abertas da história da cidade.
Dias depois um corpo foi encontrado em um matagal sem alguns órgãos, e com pés e mãos cortadas. Para a Polícia Militar, a criança foi morta em um ritual religioso encomendado por Celina e Beatriz Abagge, esposa e filha do então prefeito da cidade, e mais três pais de santo. Os cinco chegaram a confessar o crime, mas depois alegaram que tinham sido torturados pela polícia para admitir o ritual.
O caso se arrastou por mais de 20 anos, com cinco julgamentos diferentes. Um dos tribunais do júri, realizado em 1998, foi o mais longo da história do judiciário brasileiro, com 34 dias.
Na época, as rés foram inocentadas porque não houve a comprovação de que o corpo encontrado era do menino Evandro.
O Ministério Público recorreu e um novo júri foi realizado em 2011. Beatriz, a filha, foi condenada a 21 anos de prisão. A mãe não foi julgada porque, como ela tinha mais de 70 anos, o crime já tinha prescrito.