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CONCUROS SUSPENSO

Guaratubanos prejudicados por suspensão do concurso da PCPR falam sobre decisão

A suspensão do concurso, horas antes das provas, afetou mais de 106 mil pessoas de todo o Brasil

Publicado em 21/02/2021 às 07:51
Atualizado em

(Foto: Divulgação/UFPR)

A suspensão do concurso para Polícia Civil do Paraná foi o assunto mais comentado neste domingo (21). O anúncio foi feito às 5h42 de hoje, horas antes das aplicações das provas que ocorreriam às 13h30. A decisão afetou mais de 106 mil inscritos de todo o Brasil, inclusive guaratubanos.

Conversamos com dois candidatos guaratubanos que buscam uma vaga para investigador.

Ariele Pereira, de 33 anos, já prestou vários concursos durante sua jornada de concurseira. Para ela, a suspensão foi algo inesperado. "Nunca tinha visto isso antes (cancelamento da prova no mesmo dia). Fiquei incrédula por alguns instantes", declara. Ariele já estava em Curitiba quando soube, às 9h, da suspensão da prova. Ele estava hospedada na casa de amigos.

 

Ariele Pereira, concurseira, se preparava a 8 meses

Indiguinação

"Espero que tenha um pronunciamento mais honesto da banca, que ela tenha mais empatia pelos candidatos. Que ela dê um prazo pra gente se organizar novamente para a prova. Pois, agora, além de abalados psicologicamente, as pessoas fizeram dívidas para prestar esse concurso"

Ariele Pereira, concurseira, se preparava a 8 meses


Após mais de 1 ano estudando, o assessor jurídico, de 29 anos, que não quis se identificar, descobriu sobre a suspenção às 7h30. Segundo ele, a divulgação do ensalamento já foi um alerta sobre a possível suspensão. "Na verdade eu já esperava, desde o momento que começou a sair o ensalamento equivocado. No fundo, eu já sabia que poderia ocorrer alguma imprevisibilidade. Minha reação foi de espanto, mas vida que segue", declara o candidato que chegou em Curitiba no sábado.

Suspensão do concurso

Na madrugada deste domingo (21), a organização do concurso da Polícia Civil do Paraná informou que o exame para contratação de 400 delegados, investigadores e papiloscopistas foi suspenso. A nota foi divulgada às 5h42 deste domingo (21), horas antes da prova.

Conforme documento, a organização alegou que durante "a última checagem realizada na madrugada" foi constatado que não havia condições de segurança indispensáveis para a realização da prova em todos os locais de Curitiba e Região Metropolitana.

Em nota oficial, a UFPR disse que o Núcleo de Concursos, responsável pela aplicação da prova, se deparou com "problemas de logística inesperados e insuperáveis", nas últimas 24 horas.

Entre os problemas elencados pela universidade está o recebimento de termômetros para checar a temperatura dos candidatos, que foi uma exigência feita pelo Ministério Público do Paraná e Defensoria Pública da União e do Estado.

Além disso, a universidade afirmou que locais que haviam cedido o espaço para aplicação das provas, como escolas, desistiram da permissão, o que gerou um problema para realocar os candidatos.

A UFPR disse que a suspensão do concurso, apesar de ser radical, 'seria menos traumática que uma execução das provas', já que a aplicação poderia por em risco candidatos e colaboradores.

O que dizem os citados

A UFPR resolveu trocar o coordenador do Núcleo de Concursos da instituição após a suspensão do concurso público da Polícia Civil horas antes da aplicação das provas, neste domingo (21).

De acordo com a universidade, Altair Pivovar será substituído temporariamente por Alexandre Trovon de Carvalho, no Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (NC-UFPR).

O Governo do Paraná afirmou por meio de nota que vai abrir um processo administrativo por quebra de contrato contra a UFPR e que não compactua com a "irresponsabilidade de serem informados do cancelamento poucas horas antes da aplicação das provas".

Além disso, disse ainda que está cobrando esclarecimentos do Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná, responsável pelo concurso, sobre a decisão.

Também por meio de nota, a Polícia Civil afirmou que foi surpreendida pelo anúncio e que encaminhou ofício ao núcleo requisitando as justificativas para a suspensão.

Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, disse que o órgão deve adotar medidas legais para responsabilizar todos os envolvidos na suspensão do concurso público.

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